PERFIL CLÍNICO E RADIOLÓGICO DE CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE CRANIOFARINGIOMA
Abstract
INTRODUÇÃO: Os craniofaringiomas representam cerca de 3% dos tumores intracranianos não-gliais em crianças. O tratamento ideal é ainda controverso, variando de cirurgias radicais até a aplicação de quimioterapia (QT) com interferon-alfa (IFN-a) intracístico. OBJETIVO: Descrever uma série de casos de pacientes pediátricos com diagnóstico de craniofaringioma adamantinomatoso tratados por meio de três possibilidades terapêuticas: ressecção total, ressecção parcial seguida de radioterapia (RT) ou QT com IFN-a. METODOLOGIA: Descrição de uma série de casos, entre 2000 e 2017, com 17 crianças com diagnóstico de craniofaringioma submetidas aos tratamentos vigentes. RESULTADOS: Dos 17 pacientes, houve 52,9% de meninas, com idade de 9 meses até 14 anos. Houve 76,5% dos pacientes com diagnóstico de hidrocefalia e os principais sintomas foram: anopsias (41,2%), amaurose (41,2%), cefaleia (64,7%) e alteração hormonal (94,1%). Da amostra avaliada, 17,6% fizeram ressecção total, 52,9% ressecção parcial com RT e 29,4% QT. Registrou-se, de forma geral, uma redução de volume tumoral de 80,7% nos três tratamentos propostos, tendo reduções com a QT de até 95%. CONCLUSÃO: A cefaleia foi o principal sintoma neurológico e um dos mais precoces de hipertensão intracraniana em crianças com craniofaringioma. As alterações hormonais, anopsias e amaurose tiveram altas prevalências. O presente estudo demonstrou a necessidade de uma escolha terapêutica oportuna e individualizada para o tratamento de crianças com diagnóstico de craniofaringioma.
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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365