NÍVEIS DE ELEVADOS DE HOMOCISTEÍNA PLASMÁTICA E SUA RELAÇÃO COM O ESTRESSE OXIDATIVO EM PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Resumo
Introdução: Níveis elevados de homocisteína no plasma têm sido indicado como um fator de risco independente para acidente vascular cerebral isquêmico. Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o estresse oxidativo e nitrosativo em pacientes com AVC isquêmico com e sem hiper-homocisteinemia (HHcy) e verificar se o HHcy está associado ao estresse oxidativo nesses pacientes. Métodos: Este estudo incluiu 170 pacientes com AVC, que foram divididos de acordo com os níveis de homocisteína (Hiperhomocisteinemia ≥13,59 μmol/L) e 220 indivíduos saudáveis (grupo controle). Resultados: Os pacientes com AVC apresentaram níveis elevados de homocisteinemia quando comparados ao grupo controle (p <0,001) ajustado para as variáveis: sexo, etnia e idade. Pacientes com acidente vascular cerebral e hiper-homocisteinemia apresentaram maior frequência de indivíduos do sexo masculino (p=0,001), menor escala de Rankin (p=0,034) e menores níveis de glicose (p=0,020) quando comparados com pacientes com acidente vascular cerebral e homocisteína. Pacientes com acidente vascular cerebral isquêmico e hiper-homocisteinemia apresentaram tendência a redução do NOx (p=0,071) e aumento dos níveis de TRAP (p=0,003) quando comparados aos pacientes sem hiper-homocisteinemia. A análise de regressão logística binomial mostrou que sexo (p=0,032), glicose (p=0,017) e TRAP (p=0,019) foram independentemente associados à hiper-homocisteinemia em pacientes com acidente vascular cerebral. Conclusão: Este é o primeiro estudo em que a homocisteinemia e os marcadores de estresse oxidativo e nitrosativo foram investigados em pacientes com AVC. HHcy foram associados ao sexo masculino, diminuição da glicose e aumento da TRAP. Mais estudos são necessários para elucidar a complexa relação entre homocisteína e status redox nesses pacientes.
Palavras-chave
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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365