LACOSAMIDA COMO TERAPIA ADJUVANTE EM PACIENTES COM EPILEPSIA DE DIFÍCIL CONTROLE

Resumo

Epilepsia é a doença neurológica crônica mais comum no mundo, com prevalência de 1 a 2% e pode ter consequências físicas, sociais e emocionais. Dessa forma, a Lacosamida vem atuando como terapia adjuvante no controle das crises convulsivas e portanto, melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Objetivo: Avaliar a efetividade da Lacosamida (100mg, 200mg e 400mg) no tratamento adjuvante de pacientes com epilepsia de difícil controle. Metodologia: Trata-se de um estudo intervencionista e longitudinal. Realizado na Fundação de Neurologia e Neurocirurgia-Instituto do Cérebro (FNNIC), iniciado em Julho de 2016. A população amostral é aleatória, não probabilística e por conveniência. Foram selecionados 13 pacientes com crises convulsivas de difícil controle de um ambulatório especializado em epilepsia. A lacosamida foi associada ás outras medicações de uso prévio as quais não sofreram modificações durante o estudo. A dose da droga foi aumentada conforme resposta clínica e tolerância. Resultados: Foram selecionados 13 pacientes, dos quais apresentaram os seguintes efeitos colaterais: 8 apresentaram tontura, 6 náuseas, 5 vertigem, 2 diplopia e 1 cefaléia. 4 não apresentaram nenhum efeito colateral. O esquema terapêutico variou de 100mg/ dia a 400mg/dia. Observamos que a mediana das crises convulsivas apresentaram diminuição quando comparamos o período basal com o período de titulação e de manutenção. Quanto a dose utilizada, observamos que durante o período de titulação os pacientes que faziam uso de 100mg/dia apresentaram uma mediana de crises menor do que os pacientes que utilizaram a dose maior que 100mg/dia (P = 0,01). Conclusão: A epilepsia é uma doença que afeta a qualidade de vida dos pacientes, principalmente pelos danos emocionais e sociais que gera. Por isso, se faz importante um controle efetivo das crises convulsivas a fim de minimizar danos ao paciente. Acreditamos que a Lacosamida é útil para o tratamento adjunto de crises convulsivas em pacientes de difícil controle.