PREVALÊNCIA E FATORES DE RISCO RELACIONADOS A DEPRESSÃO PÓS-PARTO EM SALVADOR

Milla Jansen Melo de Oliveira, Wiliam Azevedo Dunningham

Resumo


A depressão constitui um grande problema de Saúde Pública no Brasil. Atinge aproximadamente 5% da população em geral1, 2, com maior prevalência entre as mulheres. No período do Pós-Parto podem ocorrer  alterações de humor ,que são denominadas: Tristeza Materna, Depressão Pós-Parto e Psicose Materna. O que as difere é a duração e a gravidade dos sintomas. A Depressão Pós-Parto tem prevalência entre 10 a 15%, e é caracterizada como um conjunto de sintomas que tem início entre a quarta e oitava semana após o parto. Menos de 25% das puérperas acometidas têm acesso ao tratamento, e somente 50% dos casos de depressão pós-parto são diagnosticados na clínica diária.9,10 Objetivo: Calcular a prevalência de Depressão Pós-Parto em mulheres acompanhadas no Ambulatório de Puericultura do Hospital Martagão Gesteira, no período de Junho de 2012. Metodologia: Foram selecionadas mães que apresentavam os critérios de inclusão e que aceitaram participar da pesquisa. Foi aplicado um questionário socioeconômico, para avaliar o perfil dessas mulheres, com relação a: renda familiar, estado civil, apoio familiar, número de filhos, número de gestações, número de filhos vivos, número de abortos, uso de drogas psicoativas, tempo de relacionamento com o parceiro.Para o rastreamento dos sintomas depressivos foi utilizado a Escala de Edimburgo,que é a mais utilizada em todo o mundo.Essa escala é composta por 10 itens,que foram respondidos pelas pacientes.Cada item com valor de até 3 pontos, com escore a partir de 10 pontos,a paciente foi classificada como deprimida.Resultados: Na população de 40 mulheres, 7 (17,5%) apresentaram escores iguais ou superiores a 10  na EPDS, que caracterizam a presença de sintomas depressivos;A média de idade das participantes foi, respectivamente, de 27,15 anos (DP = 4,839).Não houve significância estatística com relação a associação dos fatores de risco,como:renda familiar,estado civil e tempo de relacionamento com o parceiro. Conclusão: A alta prevalência de depressão pós-parto encontrada reforça seu significado como problema de saúde pública, exigindo estratégias de prevenção e tratamento. O acompanhamento das puérperas, em especial as de baixa renda, pode prevenir graves problemas pessoais e familiares que decorrem da DPP.


Palavras-chave


Depressão Pós-Parto(DPP); Escala de Edimburgo(EPDS); Epidemiologia Psiquiátrica

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365