ANÁLISE DA LETALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NO BRASIL ENTRE 2010 E 2019
Résumé
Objetivo: Analisar a letalidade por Acidente Vascular Cerebral (AVC) no Brasil entre 2010 e 2019. Método: Os dados foram coletados através do banco de dados eletrônico do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). As variáveis utilizadas foram sexo, idade, raça/cor, regiões, unidades federativas e ano dos internamentos/óbitos. Resultados: Foram analisados um total de 1.410.184 internamentos, dos quais 224.813 apresentaram o desfecho óbito, traduzindo-se numa taxa de letalidade hospitalar média brasileira de 15,94%. As regiões Norte, Nordeste e Sudeste ultrapassaram essa média com as taxas de letalidade hospitalar de 18,07%, 17,24% e 16,26%, respectivamente. As maiores taxas de letalidade hospitalar foram observadas nos estados de Sergipe (30,04%), seguido por Roraima (25,52%) e Alagoas (25,03%). Na divisão por sexo, o masculino apresentou maior número de internamentos (731.668) em relação ao sexo feminino (678.516), diferente da taxa de letalidade que se apresentou mais alta no sexo feminino (16,5%) do que o sexo masculino (15,43%); e em relação a cor/raça, a taxa de internamentos da raça indígena foi de 0,1%, a da parda, 30,6% e a da preta foi de 4,2%. Contudo, a maior taxa de letalidade foi da raça indígena (16,81%), seguida pela parda (16,29%) e preta (15,24%). Conclusão: A letalidade hospitalar causada por AVC no SUS nesse período se destacou nas regiões Norte e Nordeste e apresentou um perfil epidemiológico de pacientes de 60 anos ou mais, mulheres e indígenas. Contudo, apesar da grande incidência do AVC no nosso país, houve uma discreta queda na taxa de letalidade hospitalar.
Mots-clés
Acidente Vascular Cerebral; Estudos Epidemiológicos; Saúde Pública.
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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365