AVALIAÇÃO DA ANSIEDADE CARDÍACA NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA

Vivianne Correia dos Santos Moraes, Bruno Correia Ulisses Sobreira, Thays Araujo de Souza Pinto, Adriana Araujo Souza Santos, Ângela de Fátima Correia

Résumé


Objetivo: A expectativa apreensiva relacionada a sintomas cardíacos caracteriza a Ansiedade Cardíaca (AC). Diante do quadro, o paciente cardíaco pode se automedicar e ter prejuízos em sua vida social. A AC, em geral, não faz parte da avaliação rotineira do paciente. Trata-se de um estudo transversal que tem como objetivo realizar triagem da prevalência do quadro de AC entre portadores de cardiopatias diversas no pós-operatório, a fim de nortear ações clínicas mais eficazes a tais pacientes, bem como suas correlações com quadros ansiosos e depressivos de etiologias diversas. Métodos: Estudo transversal com análise de 91 pacientes cardiopatas através de aplicação do Questionário de Saúde do Paciente – Escala de Depressão (PHQ-9), do Questionário de Transtorno de Ansiedade Generalizada para o DMS-IV (GA-DSM-IV) e do Questionário de Ansiedade Cardíaca (QAC). Resultados: Em termos gerais, 57,14% (n=52) da amostra ostentaram níveis médios a graves de Depressão, 51,87% (n=57) de Ansiedade e 83,51% (n=76) de AC. Houve associação significativa entre AC e Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) (p=0,047), bem como entre AC e Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) (OR = 1,205; 95% = 0,272 – 5,272).  Conclusão: Nesta amostra de pacientes, foi identificada uma alta prevalência da AC. Assim, a monitoração dos níveis de ansiedade do paciente pelo profissional médico parece apontar para um avanço na história natural e no prognóstico das patologias cardíacas.


Mots-clés


Ansiedade; Infarto do Miocárdio; Depressão; Hipertensão; Período Pós-operatório

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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365