ANÁLISE LONGITUDINAL DA PERFORMANCE COGNITIVA DE PACIENTES COM DOENÇA DE PARKINSON COM E SEM ESTIMULAÇÃO CEREBRAL PROFUNDA
Resumen
Objetivo: Comparar longitudinalmente aa performance cognitiva de pacientes com doença de Parkinson (DP) que receberam tratamento medicamentoso versus pacientes submetidos à cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda (ECP).Metodologia: Participaram pacientes com DP idiopática, oriundos de uma coorte de 250 pacientes de um ambulatório Distúrbios do Movimento na cidade de Porto Alegre, Brasil. Dividiu-se em dois grupos: somente tratamento medicamentoso (GMT) e submetidos à cirurgia de ECP (GECP). Incluiu-se todos que realizaram avaliação cognitiva em dois momentos (base e follow-up). Aplicou-se uma bateria cognitiva composta por 11 testes e questionários de autopercepção de qualidade de vida. Resultados: A amostra foi de 61 pacientes com DP. Destes, 36 receberam tratamento medicamentoso (GMT) e 25 foram submetidos à cirurgia (GECP). No GMT 19 (52,78%) eram do sexo feminino com média de idade de 60,78 (±10,47) anos na primeira avaliação e no GECP 20 eram do sexo masculino (80%) com idade média na primeira avaliação de 57,04 anos (±8,45). O GMT teve média de tempo de diagnóstico mais alta do que o GECP (p=0,014). A fluência verbal fonológica (teste FAS) foi maior no GECP durante a primeira avaliação (p=0,042) e no acompanhamento, com uma diferença na interação entre os grupos e o tempo. A fluência verbal fonológica diminui no follow-up do GECP (p=0,006). Nos demais testes cognitivos não houve diferença estatística nas comparações. Conclusão: Verificou-se uma piora na fluência verbal somente nos pacientes que realizaram ECP. Sendo assim, o teste de fluência verbal se demonstrou sensível para um acompanhamento longitudinal de pacientes com DP.
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Revista Brasileira de Neurologia e Psiquiatria. ISSN: 1414-0365